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quinta-feira, 21 de abril de 2011

Túnel do Tempo 1

Não sou bom em versos, mas as vezes gosto de escrever algo. Herdei este gosto de meus pais, que sempre gostavam (e gostam) de literatura de cordel. Minha mãe, aliás, tem muita coisa escrita, que posteriormente poderei postar aqui.
Vou postar hoje, uma poesia em literatura de cordel, que fiz a pedidos da Professora de Português Katiane, que leciona na Escola Estadual Ministro Antonio Coelho, conhecida como MAC ou mesmo Ginásio, aqui em São Benedito.
Poema este inspirado na obra de Ariano Suassuna, "O Auto da Compadecida", para ser declamado na semana cultural da Escola, em 25/08/2010


Um pouco de João Grilo em versos



A obra de Suassuna
É contada com estilo
Narra a luta nordestina
E nem pede o seu sigilo
Narra também a esperteza
De Chicó e João Grilo

A aventura acontece
No vilarejo de Taperoá
No sertão paraibano
Que fica em algum lugar
Enganavam muita gente
Sem ver o tempo passar

João Grilo foi muito esperto
De grande sagacidade,
Aprimorou a esperteza
Devido à necessidade
Enganava a todo mundo
Com muita facilidade.

Enganava todo mundo
E também o mundo inteiro
Enganava o segundo
Logo depois do primeiro
Tinha a história do gato
Que descomia dinheiro

Tem a história contada
Para você e pra mim
Como aquela que se conta
Que parece bem facim
Como o enterro do cachorro
Todo cantado em latim

No sertão daquele tempo
de sofrimento tremendo
de muitas dificuldades
Para acreditar só vendo
Vou continuar a história
Senão acabo esquecendo

No mundo sempre existiu
luta do rico com o pobre
luta do nobre com o povo
luta do povo com o nobre
quem é rico sempre em cima
quem é pobre nunca sobe

Havia em todo nordeste
Uns grupos de cangaceiros
Lutando por sobrevivência
E também pelo dinheiro
Tem cangaceiros que ficaram
Famosos no mundo inteiro

Na história que se passa
Cangaceiro também tem
Que sofreu na sua infância
Muito a falta de vintém
Vive a vida em revolta
Sem ter pena de ninguém

Pois não e que João Grilo
Também o enganou
Vendeu pra ele uma gaita
Logo a ele entregou
Dizendo que ressuscitava
Porem não ressuscitou

João Grilo com sua astúcia
Conseguiu se livrar
Do julgamento das almas
Que o cão veio buscar
Mas a Compadecida
Veio para lhe salvar

João Grilo viveu no mundo
Sempre com pouco dinheiro
Lutava no dia a dia
Com seu nobre companheiro
Passava dificuldades
Como muitos brasileiros

Aqui findo esse relato
De uma vida sofrida
Na história de Suassuna
Que sei é bem mais comprida
Por isso peço que leia
O Auto da Compadecida


Você pode encontrar este poema também no site Overmundo

Obrigado!

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