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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

História - 8º ano - Menino Jesus

O Absolutismo Monárquico


Regime político surgido na Europa no final da idade média. Estendeu-se até a Idade moderna. O que caracterizava o absolutismo monárquico era o totalitarismo monárquico, ou seja, o poder sem limite, absoluto. Na atmosfera cultural e política da idade moderna, as palavras do rei era a palavra final, sem contestação.
Um exemplo disso é a famosa frase “O Estado Sou Eu” , proferida por Luíz XIV, conhecido como o “Rei Sol”, que governou a França entre 1661 e 1715. Essa visão do poder certamente era compartilhada por outros monarcas absolutistas da Europa.
A centralização política trouxe como conseqüência o absolutismo monárquico, passando o rei a ser identificado com o Estado e a constituir um dos elementos da unidade nacional, enquanto a população assume a condição de fiéis súditos de um mesmo monarca.

As características gerais dos Estados Modernos eram:
• Formação de um exército permanente;
• Imposição da justiça real;
• Centralização e unificação administrativa;
• Unificação do sistema de pesos e medidas;
• Arrecadação de impostos reais;
• Formação de uma burocracia.

Justificação monárquica

Dentro do processo de centralização política, encontramos as teorias que vão justificar a necessidade de concentração de plenos poderes por parte do rei. Quando se coloca em prática uma política seguida de um fundamento, torna-se mais fácil o convencimento e a estabilidade do sistema.

Alguns filósofos legitimaram essa visão em suas obras:

Nicolau Maquiavel (1469-1527) Foi o primeiro grande teórico do absolutismo. Escreveu, entre outras coisas, “O Príncipe”, em que justificou ser o absolutismo necessário para a manutenção do Estado forte.
Jean Bodin (1530-1596) Para quem o rei detinha a soberania (isso é, o poder de criar e revogar as leis) e no exercício dessa soberania, tinha o poder supremo sobre os súditos, sem nenhuma limitação;
Thomas Hobbes (1588-1679) Desenvolveu a teoria de que os seres humanos, em troca de segurança, haviam conferido toda a autoridade a um soberano.
Jacques Bossuet (1627-1704) Defendeu a teoria da origem divina do poder real. O poder do rei era absoluto porque provinha de Deus.

Sociedade Estamental
Quando o rei concentrou o poder em suas mãos, manteve como compensação muitos dos privilégios da nobreza e do clero, além da separação rígida entre diversos grupos sociais. Dessa forma, a sociedade permaneceu estamental.
Estamentos são grupos sociais definidos por relações de privilégios e de honra. A nobreza era um estamento baseado em privilégios adquiridos por nascimento. Quem nascia nobre nunca perdia essa condição. Da mesma forma, o camponês sempre seria camponês, e jamais poderia ser um nobre. Não havia, portanto, mobilidade social na sociedade estamental.
Na época da sociedade moderna, os estamentos eram chamados de Estados. O primeiro Estado era formado pelo clero; o segundo Estado, pela nobreza, e o terceiro Estado era composto pela maioria da população: camponeses, artesãos, comerciantes, trabalhadores assalariados. O terceiro Estado era desprovido de privilégios e não tinham poder de decisão na vida pública.
Por mais que os monarcas procurassem se aliar à burguesia e que a ideologia do absolutismo os colocasse acima das classes sociais, eles estavam diretamente ligados à nobreza de origem feudal. A essa estrutura feudal absolutista, na qual se entrelaçam antigas relações feudais e novas relações capitalistas de produção, dá-se o nome de Antigo Regime.

O Absolutismo Inglês
O Absolutismo na Inglaterra teve início após a Guerra das Duas Rosas. Essa guerra foi uma luta entre duas famílias nobres – os Lancaster e os York -, apoiadas por grupos rivais da nobreza. A guerra terminou com a ascensão de Henrique Tudor, apoiado pela burguesia.
O novo monarca subiu ao trono com o nome de Henrique VII e fundou a dinastia Tudor.
Seu reinado foi de 1485 a 1509.
Henrique VIII, segundo rei da dinastia, governou até 1547 e conseguiu impor sua
autoridade aos nobres, com o auxílio da burguesia. Fundador do anglicanismo, seu rompimento com a Igreja católica permitiu-lhe assumir o controle das propriedades
eclesiásticas na Inglaterra.
A rainha Elizabeth I, que reinou de 1558 a 1603, conseguiu aumentar ainda mais o poder real. Completou a obra de Henrique VIII, seu pai, consolidando a Igreja anglicana e perseguindo os adeptos de outras religiões. Foi durante seu reinado que teve início a colonização inglesa na América do Norte.
Elizabeth morreu sem deixar herdeiros e, por isso, subiu ao trono seu primo Jaime I, que deu início à dinastia Stuart. Durante seu reinado, que foi de 1603 a 1625, continuou a perseguição aos adeptos de outras religiões, muitos dos quais acabaram emigrando para a América do Norte.
Carlos I, filho e sucessor de Jaime I, subiu ao trono em 1625. Seu reinado, do mesmo
modo que o de seu pai, caracterizou-se pelo absolutismo e pelas perseguições religiosas.
Em 1642, os parlamentares e os burgueses iniciaram uma guerra contra o rei. Liderados por Oliver Cromwell, derrotaram Carlos I. Cromwell assumiu o poder com o título de "Lorde Protetor "e governou de 1649 a 1658.
Em 1651, Cromwell lançou o Ato de Navegação, que ilimitava a entrada e saída de
mercadorias da Inglaterra aos navios ingleses e aos navios dos países produtores ou
consumidores; com isso, prejudicava o comércio intermediário praticado pelos holandeses.
A partir de então, a Inglaterra passou a ser a grande potência marítima mundial, posição que manteve até o fim da Primeira Guerra Mundial, já no século XX.
Dois anos após a morte de Cromwell, ocorrida em 1658, o governo voltou às mãos dos
Stuart. Com isso, a Inglaterra teve mais dois soberanos de tendências absolutistas: Carlos II, que reinou de 1660 a 1685 e Jaime II, de 1685 a 1688.
Além de Ter tendências absolutistas, Jaime II era católico declarado. E seria substituído no trono pelo filho que tivera com sua segunda esposa, também católica. Com a primeira esposa, que era protestante, Jaime II só tivera duas filhas.
O Parlamento, temendo a volta ao catolicismo e ao absolutismo, uniu-se e resolveu
"convidar" o príncipe holandês Guilherme d’Orange, casado com Maria Stuart, filha mais velha de Jaime II, a invadir a Inglaterra e depor o rei, "a fim de restabelecer a liberdade e proteger a religião protestante ".
Em novembro de 1668, Guilherme desembarcou na Inglaterra com um exército de
14.000 homens, marchou sobre Londres e ocupou-a sem disparar um só tiro. Jaime II fugiu para a frança, e guilherme foi coroado rei com nome de Guilherme II. Essa revolução, ocorrida sem derramamento de sangue, denominou-se Revolução Gloriosa.
O novo rei, ao ser coroado, teve de jurar a Declaração de Direitos, que assegurava ao
Parlamento o direito de aprovar ou rejeitar impostos, garantia a liberdade individual e a propriedade privada. A Declaração de Direitos estabelecia também o princípio da divisão de poderes.
Com a revolução gloriosa, a burguesia, tendo o poder nas mãos, passou a promover o
desenvolvimento econômico da Inglaterra.

Fonte:
Absolutismo Monárquico

Geografia - 8º Ano - Menino Jesus

Cap. 1. Geografia e regionalização do espaço

1. O mundo dividido: países capitalistas e socialistas

Que é Capitalismo:
Sistema Sócio econômico onde os meios de produção são de propriedade privada. Os donos dos meios de produção são chamados de burgueses ou capitalistas e os que não possuem os meio de produção são chamados de proletários ou trabalhadores. Os trabalhadores vendem sua força de trabalho os capitalistas através dos salários.

Características do Capitalismo:

Propriedade privada
: consiste no sistema produtivo vinculado à propriedade individual.

Lucro: é o principal objetivo capitalista, proveniente do resultado da acumulação de capital.

Economia de mercado: livre iniciativa da regulação do mercado, sem ou pouca intervenção do estado. Esse processo ocorre por meio da oferta e da procura, que regula os preços e os estoques das mercadorias, o estado tem a responsabilidade de intervir somente em casos delicados e também na implantação de medidas que garantem instabilidade econômica.

Divisão de classes: esse é um dos pontos mais polêmicos do capitalismo, é a distinção entre duas classes sociais, de um lado está uma minoria denominada de capitalistas ou donos dos meios de produção e de capitais, e do outro lado a maioria chamada proletários, que vende sua força de trabalho em troca de um salário que garanta saúde, alimentação, transporte, lazer, etc., no entanto, é nesse ponto que constitui a divisão das classes, uma vez que nem sempre o capitalista oferece uma remuneração que seja suficiente para sanar todas as necessidades básicas da maioria dos trabalhadores. Desse processo o capitalista adquiriu a mais-valia, que corresponde aos lucros oriundos do trabalho do proletário.

Função comercial da produção.

Venda da força de trabalho.

Comércio monetarizado.

Gerenciamento da produção.

Controle financeiro.

Origens e fases do Capitalismo:

A. Capitalismo Comercial - Séculos XV a XVIII - Grandes navegações - exploração de novas terras= escravos, manufaturas, metais preciosos, produtos agrícolas. Fase metalista e conhecida como mercantilismo.

B. Capitalismo Industrial - Séculos XVIII a XIX - Revolução Industrial - industria têxtil, maquina a vapor . Final do século XIX - 2a revolução Industrial - petróleo.

Imperialismo europeu tinha como objetivo :

1. Produção excedente.

2. Excedente de capital.

3. Abastecimento de matérias primas .

C. Capitalismo Financeiro - termo usado pela 1a vez em 1881. Integração do capital industrial com o sistema financeiro. Ocorreu após a 2. Guerra mundial. Surgimento das transnacionais. Surge o processo de monopolização. O estabelecimento das transnacionais a partir da segunda metade do século XX redunda da aplicação de capital internacional excedente nos países subdesenvolvidos e como resultado temos a transferência de lucros, juros, royalties para os países do 1o mundo. Intensifica-se neste período a teoria do centro - periferia.

Formas de monopólio:

· Cartel : Empresas concorrentes fazem acordo para dominar o mercado. Os cartéis tem 4 características : divisão territorial do mercado, controle das matérias primas, volume da produção e controle dos preços de venda dos produtos.

· Truste: Conjunto de empresas que se juntam para dominar o mercado. O controle é acionário mas as empresas tem autonomia. Os trustes podem ser horizontais , quando as empresas atuam no mesmo ramo de produção. Ou verticais, quando o conjunto de empresas produz desde a matéria prima até a venda do produto.

· Holding: controle acionário sobre várias empresas. A holding é a forma legal do cartel ou mais ainda do truste.

Socialismo:

A implantação do socialismo ocorreu somente no século XX, mais precisamente, doravante a 1917, quando o governo monarquista foi derrubado pela revolução russa, dando origem à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Na segunda metade do século XX, o socialismo ganhou outros adeptos, como os países do Leste Europeu, além da China, Cuba e algumas nações africanas e asiáticas. No entanto, com configurações socialistas distintas.

As características do socialismo são completamente diferentes em relação ao capitalismo, a seguir veja os principais aspectos socialistas:

Meios de produção socializados: no socialismo toda estrutura produtiva, como empresas comerciais, indústrias, terras agrícolas, dentre outros, são de propriedade da sociedade e gerenciados pelo Estado. Toda riqueza gerada pelos processos produtivos são igualmente divididos entre todos.

Inexistência de sociedade dividida em classes: como os meios de produção pertencem à sociedade, existe somente uma classe; a dos proletários. Todos trabalham em conjunto e com o mesmo propósito, melhorar a sociedade. Por isso não existem empregados e patrões.

Economia planificada e controlada pelo Estado: o Estado realiza o controle de todos os seguimentos da economia. O mesmo é responsável por regular a produção e o estoque, o valor do salário, controle dos preços e etc. Configuração completamente diferente do sistema liberal que vigora no capitalismo, no qual o próprio mercado controla a economia. Dessa forma, não há concorrência e variação dos preços.

2. Regionalização pelo nível de desenvolvimento

Diferenças entre Países Desenvolvidos e Subdesenvolvidos

Na história da humanidade sempre existiram nações pobres e nações ricas. O mundo atual, porém, apresenta um desequilíbrio que não se compara com o de nenhuma outra época.
Foi principalmente no período após a Segunda Guerra Mundial que os povos acordaram para a realidade: o mundo estava desequilibrado, pois um grande desnível separava uma nação de outra. Assim, além da divisão do mundo em países capitalistas e socialistas, havia uma outra: de um lado, alguns países ricos, poderosos e desenvolvidos: do outro lado, muitos países pobres, dependentes, subdesenvolvidos.
Mas, o que é ser um país desenvolvido ou subdesenvolvido? Para você compreender essa subdivisão do mundo, vamos estabelecer algumas características do que seja desenvolvido e subdesenvolvido.
O MUNDO DESENVOLVIDO: Fazem parte do mundo desenvolvido países que já atingiram um alto nível de industrialização e conseguiram substituir grande parte da energia humana ou animal pela força das máquinas a vapor, gás, eletricidade, petróleo ou mesmo energia nuclear.
As principais características de um país desenvolvido são:

  • Alto grau de capacidade técnico-cientifico;
  • Modernos e eficientes meios de trasporte terrestre, aéreo e marítimo;
  • Atualizados e bem distribuídos meios de telecomunicação;
  • Agricultura moderna e racional;
  • Predomínio da população urbana sobre a rural;
  • Nível de vida bastante elevado;
  • Pequeno ou nulo número de analfabeto;
  • Baixa taxa de natalidade;
  • Baixa taxa de mortalidade infantil.

Como resultado de tudo isso, os países desenvolvidos mantêm um substancial aumento em sua produtividade e, assim, podem atender às necessidades e aspirações de seu povo.

O MUNDO SUBDESENVOLVIDO: é uma situação econômica-social caracterizada por dependência econômica e grandes desigualdades sociais. Tal dependência manifesta-se das seguintes maneiras:

  • Deficiência tecnológica;
  • Endividamento externo;
  • Relações comerciais desfavoráveis;
  • Influência de empresas estrangeiras.

a) Deficiência tecnológica: os países pobres pouco investem em pesquisa e utilizam tecnologias dos países desenvolvidos.
b) Endividamento externo: normalmente, todos os países subdesenvolvidos possuem grandes dívidas com bancos internacionais.
c) Relações comerciais desfavoráveis: geralmente, os países subdesenvolvidos exportam para as nações ricas produtos primários (não industrializados), tais como café, cacau, soja, algodão, manganês etc. As importações, por sua vez consistem basicamente em artigos manufaturados (industrializados), e tecnologia avançada, aviões, computadores, máquinas automatizadas etc. Os artigos importados têm preços bem mais altos que os exportados. Tais relações mostram-se desvantajosas. d) Influência de empresas estrangeiras: uma grande parcela do lucro dessas empresas é remetida para as matrizes, o que provoca acentuada descapitalização nos países subdesenvolvidos.


fontes:
Mundo Educação
Brasil Escola
Socialismo
Ideal Dicas