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quinta-feira, 5 de março de 2020

Evolução Humana


Texto I
O papel da carne na evolução humana
As gerações mais novas, estão cada vez mais renunciando à alimentação baseada na carne. Nunca antes, tantas pessoas se tornaram vegetarianos e veganos. Segundo eles, a ingestão de carnes não é tão necessária mais como foi para nossos ancestrais. Segundo cientistas, a carne pode ter contribuído para a acelerar o desenvolvimento do cérebro devido à grande quantidade de ferro, proteínas e outros nutrientes. Os antigos não comiam apenas carne, ela era um complemento e antes da revolução agrícolas, éramos caçadores e coletores, o que limitava muito a variedade da alimentação.
O homem possui um sistema digestivo onívoro, ou seja, que se alimenta de tudo e é capaz de digerir a carne com muita eficiência e ao mesmo tempo se adapta facilmente ao vegetarianismo.
Não é possível ainda saber exatamente quando o homem começou a se alimentar de carne, mas foi aproximadamente há 2 milhões de anos. As ferramentas usadas na época, descobertas por escavações, deixam claro que era possível esmagar ossos e aproveitar o tutano – substância com muita gordura encontrada dentro dos ossos e rica em nutrientes. Além disso, os dentes dos nossos ancestrais mostram que eles tinham muito mais força na mastigação que hoje.

 Texto II

A evolução humana.
O Historiador Yuval Harari, Doutor em História pela Universidade de Oxford e professor da Universidade Hebraica de Jerusalém, escreveu um dos livros mais lidos desde que foi lançado, em 2015, Sapiens: Uma breve história da humanidade. Segundo ele, a história humana passa por três grandes revoluções: a cognitiva; a agrícola; e a científica.
De todos os hominídeos que existiram, somente o Homo sapiens teve mais sucesso e conseguiu viver por mais tempo. Entre os motivos estão a sua linguagem única, a sua capacidade de cooperar e criar realidades sozinho ou coletivamente, como a criação dos mitos, que podemos ver desde quando habitavam cavernas.
A Revolução cognitiva indica o surgimento de novas formas de pensar e se comunicar, ocorridas geneticamente a mais de 70 mil anos. Esse viviam em bandos e eram coletores-caçadores, que se deslocavam constantemente em busca de comida.
A Revolução agrícola acontece por volta de 10 mil anos. Aprenderam a plantar trigo, arroz, milho, batata e painço. Domesticou animais e criou ferramentas utilizada na agricultura. Abrigavam casas, pequenos campos e assim, se fixaram à terra. Os agricultores passaram a se preocupar com o futuro, já que a colheita dependia de uma organização do tempo. Desses grupos, surgiram cidades, reinos e impérios, a política, a guerra, a arte, a economia, a filosofia. É nesse contexto que também se cria a desigualdade social. Foi às custas dos escravos e trabalhadores oprimidos que se construíram anfiteatros romanos, as pirâmides do Egito ou do México, por exemplo. É aqui também que o homem começa a acreditar em uma ideia de liberdade e de direitos humanos, em democracia. Aos poucos vai surgindo a escrita, os calendários, fórmulas, tabelas, números, a ideia de dinheiro (se você tem muita coisa pra estudar, reclame com esses homens e não com seus professores! Hahaha).
A Revolução científica é impulsionada pela Revolução Industrial, mas começa a acontecer, na Europa ocidental, por volta de 1500, trazendo a ideia de progresso. Impérios coloniais juntamente com a ciência, criaram o mundo como conhecemos hoje. Mas o ápice da Revolução científica foi julho de 1945, quando cientistas norte-americanos detonam uma bomba atômica no Novo México.
A partir daí, a humanidade teve a capacidade de mudar o curso da história. Parece uma época complicada, mas, muitas vezes pareça o oposto, vivemos a era menos violenta da nossa evolução, a mais abundante de alimentos, a mais tecnológica e mais evoluída. A ciência e as revoluções industriais deram ao homem poderes sobre humanos e energia sem limites. Mas a pergunta que o autor deixa é: Somos mais felizes?


REFERÊNCIAS

CUMINALE, Natália; DIAS, Marina. O papel da carne na evolução humana. Revista Veja, 12 de agosto de 2009. Disponível em: https://veja.abril.com.br/saude/o-papel-da-carne-na-evolucao-humana/

ROSSI, Amélia do Carmo. Resenha: Sapiens, uma breve história da humanidade. De Yuval Noah Harari. Revista de direito econômico e socioambiental. Curitiba, Vol 9. N 1 p. 427-432. 2017. Disponível em: file:///C:/Users/cristiano/Downloads/Resenha_Sapiens_uma_breve_historia_da_humanidade_d.pdf



Atividades de casa:

1       – De acordo com seus conhecimentos e pesquisa, texto I afirma que a carne não é tão importante hoje como era para os nossos antepassados. Explique.
2       – Como foi possível saber que os nossos antepassados se alimentavam de carne?
3       – Você acredita que a falta de ingestão de carne causaria uma lentidão na evolução humana? Por quê?
4       – Segundo o texto II, quais são as três revoluções pelas quais passam a humanidade? Explique cada uma com suas palavras.
5       – O texto cita o surgimento das primeiras formas de desigualdade social? O que é desigualdade social? Por que ela teria surgido nesse contexto?
6       – Responda à pergunta final do texto II.

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