Web Radio Sinfonia Jovem

domingo, 20 de março de 2016

Atividade de Educação Musical


Luiz Gonzaga
Luiz Gonzaga nasceu em Exu, Pernambuco, em 13 de dezembro de 1912. Foi um compositor popular. Aprendeu a ter gosto pela música ouvindo as apresentações de músicos nordestinos em feiras e em festas religiosas. Quando migrou para o sul, fez de tudo um pouco, inclusive tocar em bares de beira de cais. Mas foi exatamente aí que ouviu um cabra lhe dizer para começar a tocar aquelas músicas boas do distante nordeste. Pensando nisso compôs dois chamegos: "Pés de Serra" e "Vira e Mexe". Sabendo que o rádio era o melhor vínculo de divulgação musical daquela época (corria o ano de 1941) resolveu participar do concurso de calouros de Ary Barroso onde solou sua música “Vira e Mexe” e ganhou o primeiro prêmio. Isso abriu caminho para que pudesse vir a ser contratado pela emissora Nacional.
No decorrer destes vários anos, Luiz Gonzaga foi simbolizando o que melhor se tem da música nordestina. Ele foi o primeiro músico assumir a nordestinidade representada pela a sanfona e pelo chapéu de couro. Cantou as dores e os amores de um povo que ainda não tinha voz.
Nos seus vários anos de carreira nunca perdeu o prestígio, apesar de ter se distanciado do palco várias vezes. Os modismos e os novos ritmos desviaram a atenção do público, mas o velho Lua nunca teve seu brilho diminuído. Quando morreu em 1989 tinha uma carreira consolidada e reconhecida. Ganhou o prêmio Shell de Música Popular em 87 e tocou em Paris em 85. Seu som agreste atravessou barreiras e foi reconhecido e apreciado pelo povo e pela mídia. Mesmo tocando sanfona, instrumento tão pouco ilustre. Mesmo se vestindo como nodestino típico (como alguns o descreviam: roupas de bandido de Lampião). Talvez por isso tudo tenha chegado onde chegou. Era a representação da alma de um povo...era a alma do nordeste cantando sua história...E ele fez isso com simplicidade e dignidade. A música brasileira só tem que agradecer...
Baião
O baião é um ritmo musical nordestino, acompanhado de dança, muito popular na região nordeste e norte do Brasil.
Foi na década de 1940 que o baião tornou-se popular, através dos músicos Luiz Gonzaga (conhecido como o “rei do baião”) e Humberto Teixeira (“o doutor do baião”).
O baião utiliza muito os seguintes instrumento musicais: viola caipira, sanfona, triângulo, flauta doce e acordeon. Os sons destes instrumentos são intercalados ao canto. A temática do baião é o cotidiano dos nordestinos e as dificuldades da vida.
O baião recebeu, na sua origem, influências das modas de viola, música caipira e também de danças indígenas.
Grandes sucessos do baião:
- Asa Branca - Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira
- Baião de Dois - Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira
- Mulher Rendeira – Zé do Norte
- Boi Bumbá – Gonzaguinha e Luiz Gonzaga
- Baião da Penha - David Nasser e Guio de Morais
Exercícios
1. Em 2012, comemoramos o centenário do nascimento de Luiz Gonzaga. Qual a importância deste artista para a Música Popular Brasileira?
2. De acordo com o texto, e fazendo uma análise de como estão os meios de comunicação hoje, você acredita que um artista para chegar ao sucesso, seria mais fácil naquele tempo ou é mais fácil hoje? Justifique.
3. Porque Luiz Gonzaga era considerado o “rei do baião”?
4. O segundo parágrafo fala que Luiz Gonzaga foi o primeiro músico a assumir a nordestinidade. Para você, o que é nordestinidade?
5.  Podemos considerar a música Asa Branca como o mair sucesso do rei do baião. De acordo com o que você lembra da letra, que aspectos podemos destacar como sendo a essência do nordeste?

6. Observe a letra da música A volta da asa branca, e analise que aspectos há em comum com a música Asa Branca.

Já faz três noites Que pro norte relampeia A asa branca Ouvindo o ronco do trovão Já bateu asas E voltou pro meu sertão Ai, ai eu vou me embora Vou cuidar da prantação

A seca fez eu desertar da minha terra Mas felizmente Deus agora se alembrou De mandar chuva Pr'esse sertão sofredor Sertão das muié séria Dos homes trabaiador

Rios correndo As cachoeira tão zoando Terra moiada 
Mato verde, que riqueza E a asa branca Tarde canta, que beleza  Ai, ai, o povo alegre Mais alegre a natureza

Sentindo a chuva Eu me arrescordo de Rosinha A linda flor Do meu sertão pernambucano E se a safra Não atrapaiá meus pranos Que que há, o seu vigário Vou casar no fim do ano

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