1) Leitura de imagem.
Acima, charge
estadunidense sobre os tempos da Guerra Fria, 1952.
Já abaixo, charge
soviética sobre os tempos da Guerra Fria, anos de 1965.
a) O que se vê na imagem de cima?
R. Na imagem de cima vê-se o líder soviético Josef Stalin pintando o globo com a cor da
bandeira de seu país, o vermelho. Na parte inferior da imagem, lê-se:
“Colorindo o ovo da páscoa”.
b)
O que está escrito na lata de tinta que Stalin está derramando e o que isto
significa?
R. Está escrito
“Propaganda Vermelha”, que podemos traduzir por “Propaganda Comunista”.
c)
O que mostra o cartaz da baixo?
R. Mostra um homem
mordendo o globo; leia-se, engolindo o mundo. Note que seus dentes tem o
formato de “mísseis”. Na boina vemos escrito US, iniciais de “United States”; esse homem, portanto,
representa os Estados Unidos.
d) Com que objetivos essas imagens foram produzidas?
R. O cartaz de cima (estadunidense)
pretendeu dirigir uma crítica à União Soviética e, o de baixo, (o soviético)
buscou satirizar as pretensões expansionistas dos Estados Unidos; ambos são
exemplos da guerra de propaganda entre capitalistas e comunistas. Ao
professor: essas charges são também exemplos de “lutas de representações”
entre as superpotências da época.
e) Em que contexto essas imagens foram produzidas?
R. No contexto da Guerra Fria, guerra não declarada entre a URSS e os EUA.
2)
Leia o texto com atenção.
À medida que os lados da Guerra Fria
iam ficando mais definidos, a busca aos inimigos do American way of life
tornava-se mais intensa. Esta “caça” aos comunistas dentro dos EUA seria
liderada por um homem chamado Joseph Raymond McCarthy.
McCarthy nasceu no estado de
Wisconsin, em 1908. Formou-se em Direito e serviu nas forças norte-americanas
na Segunda Guerra Mundial. Em 1946, foi eleito para o Senado dos EUA, sendo
reeleito em 1952.
Buscando fama e votos, fez uma
denúncia-bomba: em fevereiro de 1950 afirmou que o Departamento de Estado dos
EUA estava cheio de comunistas. Suas denúncias encontravam um solo fértil na
neurose do pós-Segunda Guerra.
Líder de um Comitê para a
Investigação de Atividades Antiamericanas, McCarthy passou a convocar
políticos, atores, cientistas e escritores para que denunciassem “complôs”
comunistas. Qualquer pessoa que tivesse manifestado simpatia por reformas
sociais, frequentado algum grupo político fora do padrão ou que, simplesmente,
tivesse conhecidos no minúsculo Partido Comunista Americano era suspeita.
Apesar de muito pequeno, o Partido foi posto na ilegalidade, pois o macartismo
(nome dado ao movimento) “berrava” na imprensa que ele tinha enorme influência
e penetração.
KARNAL, Leandro. A Guerra Fria. São Paulo: FTD, 2000, p. 26.
a)
O texto é jornalístico, literário, historiográfico ou jurídico?
R. O texto é
historiográfico.
b)
Como é conhecido e no que consistia o movimento liderado pelo senador J.
McCarthy?
R. É conhecido como macartismo e consistia numa “caça” sem
tréguas aos comunistas.
c)
Segundo o autor do texto, o que levou McCarthy a afirmar que o Departamento de
Estado dos EUA estava cheio de comunistas?
R. O autor afirma que
McCarthy agiu motivado pela busca de fama e votos, sugerindo, portanto, que ele
era oportunista.
d)
Qual foi a contrapartida do macartismo na União Soviética?
R. A contrapartida do
macartismo na URSS foi o estalinismo. Na URSS, o governo de Stalin também usava
a intimidação e a força para perseguir, prender e eliminar adversários.
3) (PUC)
As Olimpíadas de Moscou e de Los Angeles sofreram boicotes por parte de
alguns países. Os Estados Unidos recusaram-se a ir a Moscou, em 1980;
soviéticos e representantes de alguns outros países decidiram não participar
dos Jogos de Los Angeles, em 1984. Esses boicotes aconteceram:
a)
No contexto da Guerra Fria, cenário de bipolarização estratégica do pós-Segunda
Guerra Mundial que opunha países capitalistas do bloco ocidental, liderados
pelos Estados Unidos, a países socialistas do leste europeu, liderados pela
União Soviética.
b)
Em meio a discussões sobre a cessação da corrida armamentista e das disputas
comerciais entre Estados Unidos e União Soviética, que tentavam impedir que o
crescimento da China a levasse a assumir a liderança política internacional.
c) Após
a decisão norte-americana de invadir Cuba e impedir a instalação de mísseis
soviéticos na ilha, que levou a forte tensão internacional e à entrada da ONU
nas negociações, para impedir a eclosão de uma terceira guerra mundial.
d)
Durante a reunião de assinatura de acordos de paz, mediados pela ONU, entre
Estados Unidos e União Soviética, que pretendiam encerrar duas décadas de
hostilidades mútuas e iniciar um período de reaproximação e colaboração
militar.
e)
Antes da dissolução da União Soviética, que manteve ininterruptamente a
liderança na corrida espacial e ainda evitou que os norte-americanos
desenvolvessem seu plano estratégico de proteção territorial por satélites.
R. Alternativa “a”. Ao professor: A Guerra Fria interferiu
no cotidiano das pessoas (haja vista a construção de abrigos antiatômicos em
algumas residências da época) e penetrou também nos mais variados campos da
vida social. O esporte, por exemplo, foi usado tanto pelos estadunidenses
quanto pelos soviéticos para tentar provar a superioridade de seu sistema
socioeconômico. Daí os boicotes ocorridos nas Olimpíadas de 1980 e 1984: na
primeira, os estadunidenses diziam que o boicote devia-se à invasão do
Afeganistão pelos soviéticos; na segunda, os países do bloco socialista
alegaram que estavam revidando o boicote estadunidense.
4) Cruzando fontes. Os dois textos a seguir tratam das independências na
África e na Ásia. A fonte 1 é da autoria dos professores Carlos Serrano e
Kabengele Munanga, ambos da Universidade de São Paulo (USP). A fonte 2 é de
autoria de Letícia Bicalho Canêdo, Doutora em Ciência Política, também pela
USP. Leia-os com atenção.
Fonte 1
Na
visão de algumas pessoas, houve uma vontade deliberada das potências coloniais
[...] de desfazer-se de seus impérios coloniais por livre iniciativa. O que
significaria que as independências africanas e asiáticas não foram
conquistadas, mas sim concedidas. No entanto, a história de lutas, às vezes
violentas e trágicas, das antigas colônias desmente essa visão eurocêntrica da
descolonização, substituindo-a por uma visão africana e asiática, mais fiel aos
acontecimentos históricos. Desse ponto de vista, a descolonização é produto dos
movimentos nacionais que encurralaram o colonialismo, obrigando-o pela força a
abrir mão daquilo que tinha tomado pela força.
SERRANO, Carlos e MUNANGA, Kabengele.
A revolta dos colonizados, p. 10.
Fonte 2
A
Segunda Guerra provocou, de fato, a ruptura dos elos coloniais. As potências
coloniais saíram extremamente enfraquecidas do combate, não só pelas perdas de
guerra (...), mas também pela degradação da autoridade moral diante das
vitórias temporárias dos alemães e dos japoneses.
O
próprio desenrolar da guerra foi decisivo para revelar as possibilidades
concretas de rompimento dos laços de dependência.
Nas
colônias francesas, por exemplo, houve a necessidade de promessas substanciais
de mudanças a fim de se obter o apoio das populações nativas contra o governo
de Vichy[1].
CANÊDO, Letícia Bicalho. A
descolonização da Ásia e da África. São Paulo: Atual, 1994, p. 46
a)
Para os autores da fonte 1, qual é a principal razão da descolonização da
África e da Ásia?
R. Os movimentos
nacionalistas, isto é, a luta dos próprios colonizados contra a dominação
europeia. Nessa versão, os
africanos e asiáticos são vistos como os principais agentes de sua
independência.
b)
E na visão da autora do texto 2, qual é a principal razão da descolonização?
R. A Segunda Guerra
Mundial, que enfraqueceu as potências coloniais (Inglaterra, França e
Alemanha), facilitando o rompimento entre as colônias da África e da Ásia e
suas metrópoles europeias.
c) Debatam, reflitam e opinem: qual das versões vocês
consideram mais convincente?
R. Pessoal. Ao professor: Comentar com os alunos que uma
razão não exclui a outra. E que ambas contribuíram para as independências
africanas e asiáticas.
5)
(UFTM-MG) Leia um trecho do
Comunicado Final da Conferência de Bandung, de abril de 1955.
Em verdade, todas as Nações deveriam ter o
direito de escolher livremente seus próprios sistemas político e econômico e
seu próprio modo de vida, conforme os princípios e objetivos das Nações Unidas.
apud Kátia M. de Q. Mattoso, Textos
e documentos para o estudo da
história contemporânea: 1789-1963.
O
trecho revela que essa conferência norteou-se:
a)
pela ideia de que a economia de mercado mostra-se compatível com as nações
desenvolvidas, mas não cabe às subdesenvolvidas.
b)
pela defesa intransigente do liberalismo econômico como único caminho possível
para a superação da dependência econômica.
c)
pelos interesses das antigas potências imperialistas na preservação dos tradicionais
espaços de exploração econômica.
d)
pelo não-alinhamento automático às políticas das duas grandes potências do
pós-guerra: Estados Unidos e União Soviética.
e)
pela concepção pacifista de que as independências afro-asiáticas deveriam ser
construídas em negociação com as metrópoles.
R. Alternativa “d”.
6) O
texto a seguir é trecho de uma entrevista com Joseph Ki-Zerbo, um historiador
burquinês[2] muito respeitado nos meios acadêmicos. Nesta questão
ele discorre sobre as mulheres na África após as independências. Leia-o com
atenção.
Quais são as maiores limitações
para as mulheres hoje?
A
partir das independências, as mulheres fizeram conquistas consideráveis no
plano individual. Apesar de tudo, continuam atrasadas em relação aos homens.
Isto se deve, em grande parte, às limitações em domínios diferentes do
conhecimento e da instrução. Penso especificamente nos casamentos precoces e no
fato de as meninas estarem mais submetidas aos trabalhos domésticos do que os
rapazes. Tomo como exemplo o caso dos rapazes peuls, que vivem como pastores no
mato. Pois bem, frequentemente os rapazes são aliviados dessa tarefa pelos
pais, enquanto não há escapatória para as meninas mais ou menos jovens: devem
dar todos os dias a sua ajuda ao trabalho das mães. Enquanto esse labor
doméstico pesar sobre os ombros das meninas e das mulheres, elas permanecerão
atrasadas. O trabalho doméstico é a principal fonte de opressão da mulher. Mas
é preciso acrescentar, a esta limitação sociológica, a ausência de avanços em
matéria de emprego e de recursos financeiros (créditos).
KI-ZERBO, Joseph. Para quando a África?: entrevista com René
Holenstein.
Rio de Janeiro: Pallas, 2006, p. 108.
a)
Como Ki-Zerbo descreve a situação das mulheres na África após a independência?
R. Ele afirma que as
mulheres realizaram várias conquistas no plano individual, mas que, apesar
disso, continuam em desvantagem em relação aos homens.
b)
Segundo o historiador, quais são as razões que explicam essa situação da mulher
africana?
R. Ele atribui a
desvantagem em que a mulher se encontra às limitações no campo do conhecimento,
ao casamento precoce e ao fato de as meninas estarem mais submetidas aos
serviços domésticos do que os homens.
c)
Na visão desse historiador, qual é o principal entrave à emancipação da mulher
africana?
R. A obrigação de realizar o serviço doméstico.
d) Em dupla. A afirmação do autor de que
“o trabalho doméstico é a principal fonte de opressão da mulher” é válida
também para a mulher brasileira?
R. Pessoal. Ao professor: trabalhar a história e a
situação atual das mulheres no Brasil, aspecto indispensável ao avanço do
processo de construção da cidadania no Brasil.
7) Elabore
uma ficha no caderno sobre a Revolução Cubana com as seguintes informações:
situação socioeconômica e política de Cuba na primeira metade do século XX;
tática da resistência cubana; principais
líderes; medidas tomadas no início da Revolução; país ao qual Cuba se aliou; reação dos
Estados Unidos à Revolução Cubana.
Situação socioeconômica e política de Cuba na primeira metade do
século XX.
|
- A riqueza da Ilha concentrava-se nas
mãos de poucos enquanto a maioria da população cubana vivia em condições
sub-humanas.
|
Tática da resistência cubana
|
- Guerra de Guerrilha.
|
Principais líderes
|
- Fidel Castro; Ernesto Che Guevara;
Camilo Cienfuegos.
|
Medidas tomadas no início da Revolução
|
- Reforma agrária.
- Redução nos aluguéis residenciais.
- Nacionalização de bancos, refinaria
de petróleo etc.
|
País ao qual Cuba se aliou
|
- União Soviética.
|
Reação dos Estados Unidos à Revolução
Cubana
|
- Rompimento de relações diplomáticas
com Cuba.
- Bloqueio econômico e político a Cuba
desde 1962.
|
8) Um dos momentos mais tensos na
relação entre os Estados Unidos e Cuba foi a crise dos mísseis, ocorrida em
1962. Explique essa crise, contextualizando-a.
R. Pessoal. Ao professor: A atividade visa trabalhar a habilidade de contextualizar, uma das
habilidades de maior importância no estudo da História. Espera-se que o aluno
aponte que a crise dos mísseis pode ser melhor compreendida à luz da Guerra
Fria.
9. Elabore
uma ficha sobre os governos de Juscelino Kubitscheck, Jânio Quadros e João
Goulart com as seguintes informações: duração do mandato; partido político;
marcas do seu governo.
Duração do mandato
|
Partido Político
|
Marcas de seu governo
|
|
Juscelino Kubitscheck
|
1956 a 1961
|
PSD
|
“50 anos em 5”.
Desenvolvimentismo.
|
Jânio Quadros
|
1961
|
UDN
|
Moralismo e Política externa independente.
|
João Goulart
|
1961 a 1964
|
PTB + PSB
|
Nacionalismo reformista.
|
10)
Sobre as Reformas de Base do presidente João Goulart. Faça duas colunas no seu
caderno; numa delas coloque as siglas dos movimentos/organizações favoráveis às
Reformas de Base; na outra, as siglas dos movimentos/organizações contrários a
essas reformas. Dê o nome do movimento/organização a que cada uma dessas siglas
pertence: UNE – OESP – JOC – CGT – IPES
– LCs – IBAD – JUC
Favoráveis às Reformas de Base
|
Contrários às
Reformas de Base
|
UNE: União Nacional dos Estudantes
JOC: Juventude Operária Católica.
CGT: Comando Geral dos Trabalhadores
LCs: Ligas Camponesas
JUC: Juventude Universitária Católica
|
OESP: jornal “O Estado de São Paulo”
IPES: Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais
IBAD: Instituto Brasileiro de Ação Democrática
|
11) Uma das
armas políticas mais utilizadas pelos governos militares no Brasil foram os
Atos Institucionais. Escreva em seu caderno uma definição para Ato
Institucional.
R. Ato Institucional é
uma medida, com força de lei, imposta por um governo, sem que a população, o
poder legislativo ou o judiciário tenham sido consultados.
a)
Extinguiu todos os partidos políticos, substituindo-os por dois únicos
partidos: a Aliança Renovadora Nacional (ARENA), para dar apoio ao governo, e o
Movimento Democrático Brasileiro (MDB), para fazer oposição.
b)
Permitia ao presidente suspender os direitos políticos de qualquer cidadão por
dez anos, cassar mandatos de parlamentares e decretar o estado de sítio.
c) Foi
o mais opressivo de todos os atos da ditadura militar permitindo ao governo:
fechar o Congresso Nacional; fazer leis; ordenar a intervenção nos estados e
municípios; cassar políticos eleitos pelo povo; demitir, transferir e aposentar
funcionários públicos; decretar estado de sítio e suspender o direito de habeas
corpus aos acusados de crimes contra a segurança nacional.
d)
Estabelecia eleições indiretas para governadores de estados.
R. a) AI-2; b) AI-1; c) AI-5; d) AI-3.
[1] Governo
de Vichy: governo francês que administrava só uma parte do território da
França, e que aceitou colaborar com os nazistas durante a Segunda Guerra.
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